quarta-feira, 30 de março de 2011

MUNDOS SUP.E MUNDOS INF. (continuação)

    Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condições de vida moral e material são muito diferentes do que as da terra. A forma do corpo sempre é, como em toda parte, a forma humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada.
   O corpo não tem nada de materialidade terrestre e, por conseguinte, não está sujeito nem as necessidades, nem às doenças, nem as deteriorações geradas pela prodominância da matéria.
  Os sentidos, mais delicados, têm percepções que, aqui a grosseria dos orgãos sufoca. A especial leveza dos corpos torna a locomoção rápida e fácil.
   Os homens, em lugar de rostos apagados, assolados pelos sofrimentos, a inteligência e a vida irradiam este brilho que os pintores traduziram pela auréola dos anjos.
   A morte nada tem dos horrores da decomposição. Longe de ser uma causa de pavor, é considerada uma transformação feliz, porque nesses mundos não ha dúvidas sobre o futuro.
  Nesses mundos felizes, as relações entre povos, sempre amigáveis, nunca são perturbadas pela ambição de escravizar o vizinho, nem pela guerra que é a sua consequência.
  Não há nem senhores, nem escravos, nem privilegiados pelo nascimento. Só a superioridade moral e intelectual estabelece a diferença.
   O homem não procura elevar-se acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se.

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