Quando os pais percebem um olharzinho triste em seus filhos, dificilmente reconhecem que podem ter um aparcela de responsabilidade nessa tristeza.
O primeiro pensamento que lhes vem à mente é que aconteceu alguma coisa na escola, que alguém falou ou fez algo que os deixou assim, e esquecem-se de dar uma olhadinha em como estão se relacionando com seus companheiros.
Mesmo ainda com pouca idade, as crianças são muito perceptivas aos fatos ocorridos ao seu redor. Nota-se que o comportamento dos pais interfere diretamento no comportamento e no sentir dos filhos. Assim, facilmente identificam um clima de alegria e harmonia, como também percebem quando algo não está bem. Algumas ficam mais caladas, uma mais agressivas, outras chorosas, ainda existem as que chegam inclusive a adoecer. O fato é que não devemos ignorar a presença das crianças, nem o senti delas. Por serem pequenos, estarem brincando, aparentemente distraídos, muitos pais imaginam que seus filhos não estão atentos ao que está sendo dito na sua frente, assim sentem-se à vontade para alterar a voz, usar palavras pesadas, ofender e criticar o (a) companheiro (a).
Doce engano. A sensibilidade e a percepção das crianças ultrapassam paredes e se refletem principalmente no modelo de comportamento que assistem entre os seus pais.
Assim, presenciar discussões constantes entre os pais, palavrões e xingamentos, falas que insinuam uma possível separação, além de deixar a criança entristecida e temerosa, pode ainda torná-la extremamente insegura, colocando em risco a confiança e a tranquilidade que naturalmente ela deposita nos pais, já que a qualquer momento, na sua fantasia, esse porto seguro pode desabar.
Ensinar às crianças que os pais eventualmente discutem porque no fundo existe um desejo real de permanecer juntos, é uma forma de prevenir o sofrimento e a insegurança de uma possível separação dos pais.
Compartilhar em família a alegria, a comunicação clara e construtiva é a base para um criança feliz e tranquila. (Delfos)
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