O ódio é remanescente vigoroso das mais sórdidas paixões do primarismo selvagem, que permanece em luta com a razão e o sentimento de amor inato em todos os seres. Somente desaparece mediante a terapia do amor incondicional, que o dilui.
O ódio permanece no mundo na condição de loucura que o tempo amorosamente irá desfazendo, fertilizando as sementes da misericórdia, que é o germinar desse amor no solo dos sentimentos.
É necessário estarem os homens cheios de misericórdia assim como cheio de misericórdia é Deus.
O ódio envenena os sentimentos e entorpece a razão.
A coragem é não revidar o mal, nem sequer pensar no mal, não se permitir sentir o mal.
O remédio para o ódio é o amor, para a violência é o perdão, para a usura o desprendimento e para a desconfiança é a fé.
( do livro As Dores do Mundo - José Carlos Leal)
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