Quer o homem se mate ou se faça matar, o objetivo é sempre o de abreviar a vida e, por consequência, há suicídio em intenção, ainda que não haja de fato.
O pensamento de que sua morte servirá para alguma coisa é ilusório. É só um pretexto para colorir sua ação e desculpá-la a seus próprios olhos.
A verdadeira abnegação consiste em não temer a morte quando se trata de ser útil, em enfrentar o perigo, em sacrificar sua vida-antecipadamente e sem lamento-, se isso for necessário. Mas a intenção premeditada de buscar a morte, expondo-se a um perigo, mesmo a serviço, anula o mérito da ação.
Quem disse que a providência não reserva um meio inesperado de salvação no momento mais crítico?
Não pode ela salvar até mesmo aquele que está na boca de um canhão? Ela pode, muitas vezes, querer levar a prova de resignação até seu derradeiro limite, e então uma circunstância inesperada desvia o golpe fatal.
Aqueles que aceitam os sofrimentos com resignação por submissão à vontade de Deus podem tornar esses sofrimentos proveitosos para outros também, tanto material quando moralmente. Materialmente, se, pelo trabalho, as privações e os sacrifícios a que eles se impõem contribuem para o bem-estar material de seus próximos. Moralmente, pelo exemplo que dão de sua submissão à vontade de Deus. (São Luiz)
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