As provas têm por objetivo exercitar a inteligência tanto quanto a paciência e a resignação.
Um homem pode nascer numa situação penosa e conturbada justamente para ser obrigado a procuar os meios de vencer as dificuldades. O mérito consiste em suportar sem lamentação as consequências dos males que não se podem evitar, em perseverar na luta, em não se desesperar se não puder superá-los. Não há mérito num abandono que seria mais preguiça que virtude.
Há um grande mérito quando os sofrimentos e as privações têm por objetivo o bem do próximo, pois isso é caridade através de sacrifício. E não quando elas só têm por objetivo o bem próprio, pois trata-se de egoísmo por fanatismo.
Contentemo-nos com as provas que Deus nos envia, e não aumentemos a carga por vezes já tão pesada. Procuremos aceitá-las sem lamentações e com fé, é tudo o que Ele nos pede.
Torturar voluntariamente e martirizar nosso corpo é contravenção à lei de Deus, que nos dá o meio de sustentá-lo e de fortificá-lo. Enfraquece-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio.
USAR, MAS NÃO ABUSAR, tal é a lei. O abuso das melhores coisas traz a punição nas suas consequências.
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