O poder de Deus manifesta-se tanto nas menores coisas quanto nas maiores; Ele não esconde a luz, uma vez que a derrama em ondas por todas as partes; cegos, pois, os que não a vêem.
Deus não quer abrir-lhes os olhos à força, quando apraz, a eles, mantê-los fechados. Sua vez irá chegar, mas antes é preciso que sintam as angústias das trevas, e reconheçam Deus, e não o acaso, na mão que fere seu orgulho. Ele emprega, para vencer a incredulidade, os meios que lhe convém conforme os indivíduos.
Não cabe ao incréduto prescrever-lhe o que deve fazer, e dizer-lhe: Se desejais convencer-me, deveis portar-vos de tal ou qual forma, e antes de tal momento que naquele outro.
Que os incrédulos não se espantem, pois, se Deus não se submeter às suas exigências.
Deus escuta com bondade os que se dirigem à Ele com humildade, e não os que se julgam maiores que Ele.
Se os incrédulos se recusam a reconhecer a verdade, é que seu espírito ainda não está maduro para compreendê-la, nem seu coração para senti-la.
O ORGULHO É DENDA QUE OBSCURECE A VISTA. De que serve apresentar a luz a um cego?
Portanto, é preciso primeiro curar a causa do mal; é por isso que, médico hábil, Ele castiga primeiramente o orgulho. Não abandona seus filhos perdidos; sabe que, cedo ou tarde, seus olhos se abrirão, mas quer que seja por sua própria vontade. Então, vencidos pelos tormentos da incredulidade, atirar-se-ão por si mesmos em seus braços e, como o filho pródigo, pedir-lhe-ão graça.
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