quinta-feira, 30 de junho de 2011

ARREPENDIMENTOS

        Existem muitos tipos de arrependimento. Há os insignificantes, como não ter telefonado para alguém no dia do aniversário; os maiores como não aceitar um determinado emprego; e por fim existem os grandes arrependimentos que podem apodrecer dentro de nós, causando uma vida de equívocos e críticas e mantendo-nos num estado de stresse e pesar constante.
        O arrependimento se prende à nossa aura, causando muitos problemas em níveis diferentes.
        Se pudéssemos ver como os arrependimentos embaçam nosso raciocínio, nossas decisões e nosso entendimento espiritual, deixaríamos de lado aquilo que não podemos mudar e faríamos as pazes com nós mesmos.
        Até as piores ofensas podem ser perdoadas, ao sentir compaixão pelo ofensor. É preciso descobrir no coração a vontade de se perdoar, de se amar e de se sentir digna apesar de tudo.
       Estes são os ingredientes necessários para a cura total do arrependimento.

terça-feira, 28 de junho de 2011

A MELANCOLIA.

      Quando uma vaga tristeza ,às vezes, se apodera de nossos corações e achamos que a vida é muito amarga; é nosso espírito que aspira à felicidade e à liberdade, mas que, está solidamente atado ao corpo que lhe serve de prisão. O abatimento e uma espécie de apatia se apodera de nós, e então pensamos ser infelicidade.
      Temos que resistir com energia a essas impressões que enfraquecem nossa vontade. As aspirações a uma vida melhor são inatas ao espírito de todos os homens. Esperemos pacientemente que o anjo da liberdade deve ajudar-nos a romper os laços que nos mantêm cativos aqui. Precisamos lembrar que temos uma missão a cumprir aqui, por isso temos que ser devotados aos que estão ao nosso lado, como a família,  cumprindo os deveres que Deus nos confiou.
      Se vierem as inquietudes, e os pesares sobre nós, sejamos fortes e corajosos para suportá-las, enfrentando-as francamente. Elas são de curta duração e devem condizir-nos perto dos amigos que choraram. Estes ficarão felizes com a nossa chegada e estenderão os braços para conduzir-nos a um lugar onde os pesares da terra não têm acesso.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

INFELICIDADE REAL

       Todos falam da infelicidade, todos já a experimentaram e acreditam conhcecer seu caráter múltiplo. Mas a infelicidade real não é o que os infelizes supõem. Eles vêem na miséria, na chaminé sem fogo, no credor que ameaça, no berço vazio do anjo que sorria, nas lágrimas, no féretro que se acompanha com o coração partido, na angústia da traição, etc... Tudo isso, e ainda muitas outras coisas, chama-se infelicidade na linguagem humana. É infelicidade para os que não vêem além do presente.
      Mas a verdadeira infelicidade está antes nas consequências de uma coisa que na coisa em si. Por exemplo a tempestade que quebra nossas árvores, purifica o ar, dissipando os miasmas insalubres que causariam a morte.
      Para julgar uma coisa, é preciso ver-lhe a consequência;é assim que, para apreciar o que é realmente feliz ou infeliz, é preciso transportar-se além desta vida. Porque é lá que as consequências se fazem sentir.
Ora, tudo o que se chama de infelicidade segundo nossa curta visão, cessa com a vida, e tem sua compensação na vida futura.
      A infelicidade é o ópio do esquecimento que buscamos com o mais ardente desejo.
      Que importa àquele que tem fé no futuro deixar sobre o campo de batalha da vida sua fortuna e seu manto carnal, desde que sua alma entre radiante no reino celeste?

sexta-feira, 24 de junho de 2011

MARTA DO ESPIRITO SANTO LOPES.

   Hoje peço permissão para subscrever um artigo da Revista Delfos, assinado por Marta, cujo nome completo está no título.
   Nosso corpo físico não é simplesmente um aglomerado de células, cada qual com uma função definida. Ele é o receptáculo de pensamentos, idéias, sensações, emoções e sentimentos que temos.
   O corpo reflete nossos pensamentos padrões, nossas crenças. Por esse motivo somos responsáveis pelas doenças que contraímos, pois as criamos com o nosso modo de pensar.
  O corpo é uma máquina sofisticada criado quando somos concebidos, como uma reprodução de nosso corpo astral. É nesse corpo que o subconsciente se localiza e é ele, portanto, que move o código genético para formá-lo de acordo com nossos programas mentais.
  A forma do corpo não nos foi dada apenas por herança genética. Não temos um só corpo, mas vários: o astral, o etérico, o mental e o emocional. Eles são sistemas distintos do corpo físico, sobrepostos a esses, em dimensões de diferentes densidades.
  Ao morrermos, deixamos o corpo físico na terra e passamos a viver em outra dimensão, com um corpo astral. Ele é a representação exata do corpo físico, partícula por partícula.
  Ao entrar na vida, escolhemos as circunstâncias que enfrentaremos. Algumas são mais fáceis de lidar, outras, mais complicadas.
  Não é preciso sofrer e culpar-se para conquistar uma vida feliz. A culpa não constroii nada. O que constroi é a inteligência.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

TORMENTOS VOLUNTÁRIOS.

     O homem está sempre em busca da felicidade que lhe escapa sem cessar, porque a felicidade pura não existe na Terra. Entretanto, apesar de tudo, o homem poderia usufruir de uma felicidade relativa. Mas ele a procura nas coisas perecíveis, isto é, nos prazeres materiais, em vez de procurá-la nos prazeres da alma, que são um antegozo dos prazeres celestes, perenes.
     Em lugar de procurar a paz no coração, única felicidade real, neste mundo, é ávido de tudo o que pode agitá-lo e perturbá-lo. Parece criar para si, propositadamente, tormentos que só a ele caberia evitar.
    Há maiores tormentos que os causados pela inveja e o ciúme? Para o invejoso e o ciumento, não há repouso: estão sempre em febre. O que eles não têm e outros possuem causa-lhes insônias; os sucessos de seus rivais dão-lhes vertigem; todo seu interesse só age no sentido de eclipsar seus vizinhos, toda sua alegria está em excitar, nos insensatos como eles, a raiva do ciúme em que estão possuídos.
    Quantos tormentos, ao contrário, evita aquele que sabe contentar-se com o que tem, que vê sem inveja o que não tem, que não procura parecer mais do que é. Ele é sempre rico, pois, se olha abaixo de si, em lugar de olhar acima, verá sempre pessoas que têm ainda menos. É calmo, porque não cria para si necessidades quiméricas. A calma em meio à tempestade da vida não é felicidade?   (Fénelon)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

PERDA DE PESSOAS AMADAS.

     Quando a morte vem, levando sem distinção, jovens antes de velhos, muitas vezes dizemos: Deus não é justo, já que sacrifica o que é forte para conservar os que viveram longos anos. Já que leva os que são úteis, e deixa os que não servem mais. Já que parte o coração de um mãe, privando-a da inocente criatura que fazia toda sua alegria.
     Mas é aí que temos necessidade de elevar-nos acima do terra-terra da vida, para compreender que o bem está muitas vezes onde cremos ver o mal, e a sábia previdência onde cremos ver a cega fatalidade do destino.
     Por que medir a justiça divina pelo valor na nossa? É possível pensar que o Senhor dos mundos deseja, por simples capricho, infligir-nos penas cruéis?
     Nada se faz sem um ojetivo inteligente, e, haja o que houver, cada coisa tem sua razão de ser. Se investigássemos melhor todas as dores que nos atingem, delas sempre encontraríamos a razão divina, razão regeneradora e nossos miseráveis interesses seriam uma consideração secundária.
    A morte é preferível, em uma encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as familias honradas, partem o coração de uma mãe, e fazem, antes do tempo, embranquecer os cabelos dos pais.
   A morte prematura muitas vezes é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai, e assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que lhe poderiam ter arrastado à perda.

sábado, 18 de junho de 2011

LUGAR DE ALEGRIAS E FELICIDADES

    Nossa terra é um lugar de alegrias, um paraíso de delícias.
    Mesmo que tivéssemos de chorar e sofrer toda uma vida, o que é isso ao lado da etrnidade de glória reservada àquele que tiver passado a prova da fé, amor e resignação?
    Que remédio, então, determinar àqueles que são atingidos por obsessões cruéis e males cruciantes?
    Só um é infalível: a fé é o remédio certo para o sofrimento. Lembremo-nos sempre que aquele que crê está fortelecido pelo remédio da fé, e aquele que duvida de sua eficácia é punido no mesmo instante, porque nesse mesmo instantes já sente as pungentes angústias da aflição.
    Os momentos de maiores dores serão para aqueles que crêm, as primeiras alegrias da eternidade. Sua alma se desligará de seu corpo de tal forma que, enquanto este se contorcer sob as convulsões, ela planará nas regiões celestes, cantando com os anjos os hinos de reconhecimento e Glória.
    Felizes os que sofrem e choram! Que suas almas se alegrem, pois serão abençoados por Deus (Sto.Agostinho)
    Nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a florescente juventude são condições essenciais da felicidade.
    Nem mesmo a reunião dessas três condições tão invejadas são essencias para se ter felicidade.
    Neste mundo, faça-se o que for, cada um tem sua parte de trabalho e de miséria, seu lote de sofrimentos e de decepções. Partindo daí, é fácil se chegar à conclusão de que a terra é lugar de provas e expiações.