quarta-feira, 4 de abril de 2012

O SUBLIME DA CARIDADE.

           Muitas pessoas lamentam por não poderem fazer todo o bem que gostariam por falta de recursos suficientes, e, se desejam a fortuna, dizem, é para fazer um bom uso dela.
           A intenção é louvável, sem dúvida, e talvez muito sincera para alguns. Mas é certo que para todos ela seja completamente desinteressada?
           O sublime da caridade, nesse caso, seria buscar em seu próprio trabalho, através do emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os recursos que faltam para realizar suas generosas intenções; nisso estaria o sacrifício mais agradável ao Senhor. Infelismente, a maioria sonha com meios mais fáceis de enriquecer-se repentinamente e sem trabalho, correndo atrás de quimeras, como as descobertas de tesouros, uma oportunidade favorável aleatória, o reembolso de herança inesperadas, etc. Que dizer daqueles que esperam encontrar, para ajudá-los nas buscas dessa natureza, auxiliares entre os Espíritos?
           Aqueles cuja intenção é limpa de qualquer idéia pessoal devem consolar-se de sua impossibilidade de fazer todo o bem que gostariam pelo pensamento de que o óbolo do pobre, que dá privando-se, pesa mais na balança de Deus que o ouro do rico, que dá sem se privar de nada.
          Além disso, não é só com o ouro que se pode enxugar as lágrimas. É preciso ficar inativo por não possuir o que dar? Aquele que quer sinceramente tornar-se útil a seus irmãos, encontra mil ocasiões para isso. Que as procure, e as encontrará.
         Na falta de dinheiro, cada um não tem seu esforço, seu tempo, seu repouso, dos quais pode dar uma parte?
         

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