O estudante só chega aos graus da ciência depois de ter percorrido a série de classes que a ela conduz. Essas classes, seja qual for o trabalho que exigem, são um meio de se chegar ao fim e não uma punição. O estudante laborioso abrevia o caminho, e nele encontra menos espinhos. Outra coisa ocorre àquele cuja negligência e preguiça obrigam a repetir certas classes.
Assim ocorre ao homem na terra. Para o Espírito do selvagem, que está quase no princípio da vida espiritual, a encarnação é um meio de desenvolver sua inteligência. Mas para o homem esclarecido, no qual o senso moral é amplamente desenvolvido, e que é obrigado a repetir as etapas de uma vida corporal cheia de angústia - quando já poderia ter chegado ao fim -, a encarnação é um castigo, pela necessidade que ele tem de prolongar sua estada nos mundos inferiores e infelizes.
Aquele, ao contrário, que trabalha ativamente para seu progresso moral, pode não apenas abreviar a duração da vida corporal, mas transpor de uma só vez os graus intermediários que o separam dos mundos superiores.
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