Se a riqueza é a fonte de muitos males; se ela excita tantas más paixões; se até chega a provocar tantos crimes, é preciso atribuir isso não à coisa em si, mas ao homem que dela abusa, como abusa de todos os seus dons.
Pelo abuso, ele torna pernicioso o que mais lhe poderia ser útil. É a consequência do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza não pudesse produzir senão o mal, Deus não a teria posto sobre a terra. Cabe ao homem extrair o bem dela. Se a riqueza não é um elemento direto de progresso moral, é, incontestavelmente, um poderoso elemento de progresso intelectual.
Com efeito, o homem tem como missão trabalhar para o aprimoramento material do globo. Ele deve desbravá-lo, saneá-lo, dispô-lo de modo a um dia receber toda a população que sua extensão comporta.
Para nutrir essa população, que cresce sem cessar, é preciso aumentar a produção. Se a produção de uma região é insuficiente, é preciso ir buscá-la fora. Por isso mesmo, as relações de povo com povo tornam-se uma necessidade.
Para torná-las mais fáceis, é preciso destruir os obstáculos materiais que os separam, tornando as comunicações mais rápidas.
Para trabalhos que são obra de séculos, o homem teve de ir buscar materiais até nas entranhas da terra. Procurou na ciência os meios de executá-los mais segura e rapidamente. Mas para realizá-los é preciso recursos: a necessidade fez-lhe criar a riqueza, como ela lhe fez descobrir a ciência
A inteligência, que inicialmente o homem concentra na satisfação das necessidades materiais, mais tarde irá ajudá-lo a compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o primeiro meio de execução, sem ela não haveria mais grandes trabalhos, nem atividade, estímulo ou pesquisas. Portanto, é com razão que se considera a riqueza um elemento de PROGRESSO.
Aprendiz do Bem
sábado, 2 de março de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Texto de Augusto Cury
PENSAR ANTES DE REAGIR
Se vivermos debaixo da ditadura da resposta, da necessidade compulsiva de reagir
quando pressionados, cometeremos erros, alguns muito graves. Vivemos em uma sociedade barulhenta, que frequentemente detesta o silêncio. Cada vez mais as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, se interiorizar, refletir, meditar.
O dito popular de contar até dez antes de reagir é imaturo, não funciona. O que resolve é o silêncio filosófico. O silêncio não é se agüentar para não explodir, o silencio é o respeito pela própria inteligência. É o respeito pela própria liberdade, a liberdade de se obrigar a reagir em situações estressantes. Quem faz a oração dos sábios não é escravo do binômio do bateu-levou.
Quem bate no peito e diz que não leva desaforo para casa, não decifrou o código de pensar nas conseqüências de seus atos. Quem se orgulha que vomita para fora tudo o que pensa, machuca quem mais deveria ser amado. Não decifrou a linguagem do autocontrole.
Precisamos do tempero do silencio para preparar o molho da tolerância.
O silencio e a tolerância são o vinho dos fortes, a reação impulsiva é a embriaguez dos fracos.
O silencio e a tolerância são as armas de quem pensa, a reação instintiva é a arma de quem não pensa. É muito melhor ser lento no pensar do que rápido em machucar. ( A. Cury – O código da inteligência)
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
CULPA
Culpa
“Quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra”.
Quando acusamos alguém de ser o culpado, às vezes, o que procuramos é anestesiar a própria consciência, com uma divisão de culpa e nem paramos pelo menos durante alguns segundos, para tentar imaginar o que levou aquela pessoa a agir daquela forma.
E quando nos sentimos culpados?
Várias vezes nós assumimos uma culpa, para que possamos nos sentir vítimas.
Outras vezes usamos o sentimento de culpa para obrigar as pessoas a agirem de determinada forma, e isso ocorre principalmente nas religiões. O que acaba criando um Deus terrível e vingador. E Deus não é para ser temido, mas amado!
Outras vezes ainda, damos uma de super heróis e achamos que resolveremos tudo. Quando não acontece, sentimo-nos culpados e o pior, não deixamos que aquelas pessoas que nos cercam aprendam a pescar. Nós já damos o peixe pronto para comer e quando falta não precisamos nem ser cobrados, pois nós mesmos já nos sentimos culpados.
O problema mais sério no que se refere à culpa é quando tornamos a nossa vida um rosário de eternas lamentações. Para não cansar os ouvidos dos que nos ouvem reclamar, acrescentamos a essas reclamações: eu fui o culpado! Se eu não tivesse agido assim ou assado... e isso resolve?
A culpa, meus amigos, sempre acompanha o culpado. Aonde quer que a gente vá, ela estará ao nosso lado, mesmo que de forma inconsciente.
Sentir-se culpado e declarar aos quatro ventos, que é culpado não resolve absolutamente nada!
Ficar se punindo do que fez ou deixou de fazer no passado, entre outras coisas é pura burrice! O passado é passado. O hoje se chama presente, porque é uma dádiva de Deus estar aqui, agora, vivos e tendo oportunidade de consertar possíveis erros.
Se queremos nos livrar da velha culpa que está a nos acompanhar, não será dividindo-a com os outros nem jogando-a por inteiro em alguém. Só há uma forma: encarando–a e tentando reparar aquilo que pode e deve ser reparado.
Se não há mais qualquer possibilidade de reparação, então reparado está! Pois “a cada um, será dado segundo suas obras”.
Queremos nos libertar da culpa? Façamos isso agora. Caso contrário ela nos acompanhará além túmulo, pois sairemos do corpo, mas não sairemos da vida.
Aguinaldo Cardoso. (Matando a Morte
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
A CARIDADE NECESSÁRIA
Ainda que eu falasse todas as línguas dos homens, e mesmo a dos anjos, mas não tivesse caridade, não seria mais que um bronze que soa.
E se eu tivesse o dom de profecia, e penetrasse todos os mistérios, e tivesse uma ciência perfeita de todas as coisas; ainda que tivesse toda a fé possível, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse caridade, eu nada seria.
E se eu distribuisse todos os meus bens para alimentar os pobres, e entregasse meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.
A Caridade é paciente; é doce e benfazeja. A caridade não é invejosa; não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho; não é desdenhosa, não busca seus próprios interesses; não se gaba e não se irrita com nada. Ela tudo suporta, em tudo crê, tudo espera, tudo sofre.
Permanecem hoje estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade. Mas a maior delas é a caridade.
São Paulo compreendeu de tal forma essa grande verdade, que disse o que está citado acima.
Assim, ele inequivocamente coloca a caridade acima até mesmo da fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre, e é independente de qualquer crença particular.
E se eu tivesse o dom de profecia, e penetrasse todos os mistérios, e tivesse uma ciência perfeita de todas as coisas; ainda que tivesse toda a fé possível, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse caridade, eu nada seria.
E se eu distribuisse todos os meus bens para alimentar os pobres, e entregasse meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.
A Caridade é paciente; é doce e benfazeja. A caridade não é invejosa; não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho; não é desdenhosa, não busca seus próprios interesses; não se gaba e não se irrita com nada. Ela tudo suporta, em tudo crê, tudo espera, tudo sofre.
Permanecem hoje estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade. Mas a maior delas é a caridade.
São Paulo compreendeu de tal forma essa grande verdade, que disse o que está citado acima.
Assim, ele inequivocamente coloca a caridade acima até mesmo da fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre, e é independente de qualquer crença particular.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
A VINGANÇA
A vingança é um dos últimos vestígios deixados pelos costumes bárbaros que tendem a apagar-se entre os homens. Ela é, como o duelo, um dos últimos traços desses costumes selvagens sob os quais a humanidade se debatia no começo da era cristã.
Por isso a vingança é um indício seguro do estado atrasado dos homens que a ela se entregam.
Por tanto, esse sentimento nunca deve fazer vibrar o coração de qualquer um que se diga cristão.
A vingança é uma inspiração tão funesta que a falsidade e a baixeza são suas companheiras assíduas. Com efeito, aquele que se entrega a essa fatal e cega paixão quase nunca se vinga a céu aberto.
Abaixo, pois, a esses costumes selvagens! Abaixo esses modos de um outro tempo!
Por isso a vingança é um indício seguro do estado atrasado dos homens que a ela se entregam.
Por tanto, esse sentimento nunca deve fazer vibrar o coração de qualquer um que se diga cristão.
A vingança é uma inspiração tão funesta que a falsidade e a baixeza são suas companheiras assíduas. Com efeito, aquele que se entrega a essa fatal e cega paixão quase nunca se vinga a céu aberto.
Abaixo, pois, a esses costumes selvagens! Abaixo esses modos de um outro tempo!
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
A MORTE SEM MISTÉRIOS
Por que a morte, sendo tão natural quanto o nascimento, fenômeno corriqueiro ao qual todos estamos sujeitos, sem exceção, ainda é considerada algo sinistro e tão misterioso?
Por que ela é tão incompreendida e causa tanto sofrimento, sobretudo quando surpreende prematuramente nossos entes queridos?
Muito da incompreensão e do temor da morte repousa no desconhecimento da natureza espiritual do homem e no desconhecimento do perispírito, este, o invólucro inseparável da alma, elemento semimaterial, fluídico, indestritível, que serve de intermediário entre o Espirito e o corpo físico.
Denomina-se "morte" o esgotamento ou a cessação da atividade vital nos organismos. É o desprendimento do Espírito ou do princípio inteligente do corpo físico.
Quando o corpo grosseiro não tem mais condições de sustentar o espírito, ele é descartado, à semelhança de uma roupa que se tira quando não se quer mais.
O corpo é o instrumento do progresso espiritual. A decomposição dele é uma sábia lei da Natureza, sem a qual não haveria renovação e transformção.
A vida na carne é uma constante preparação para a morte. Todos sabemos que ela pode acontecer a qualquer momento. Apesar disso, raramente valorizamos a existência e quase sempre desprezamos as oportunidades de crescimento. ( Reformador)
Por que ela é tão incompreendida e causa tanto sofrimento, sobretudo quando surpreende prematuramente nossos entes queridos?
Muito da incompreensão e do temor da morte repousa no desconhecimento da natureza espiritual do homem e no desconhecimento do perispírito, este, o invólucro inseparável da alma, elemento semimaterial, fluídico, indestritível, que serve de intermediário entre o Espirito e o corpo físico.
Denomina-se "morte" o esgotamento ou a cessação da atividade vital nos organismos. É o desprendimento do Espírito ou do princípio inteligente do corpo físico.
Quando o corpo grosseiro não tem mais condições de sustentar o espírito, ele é descartado, à semelhança de uma roupa que se tira quando não se quer mais.
O corpo é o instrumento do progresso espiritual. A decomposição dele é uma sábia lei da Natureza, sem a qual não haveria renovação e transformção.
A vida na carne é uma constante preparação para a morte. Todos sabemos que ela pode acontecer a qualquer momento. Apesar disso, raramente valorizamos a existência e quase sempre desprezamos as oportunidades de crescimento. ( Reformador)
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
FRATERNIDADE
A Fraternidade é uma força que universaliza o amor.
A terra ainda não a conhece em toda a sua profundidade. No entanto, o tempo, impulsionado pelas bênçãos de Deus, deverá glorificar essa intimidade entre os homens em futuro próximo.
Nós trazemos as sementes da fraternidade pura, mas nem sempre elas nascerão no tempo apropriado. A argila dos corações se encontra sem condições de fazê-la prosperar. E a água que enriquece o solo dos sentimentos somente poderá vir dos próprios indivíduos. Essa é a lei.
O preço do afeto é exorbitante, mas não se trata de moedas sonantes que circulam nas mãos humanas. É ouro do coração. O nosso empenho maior é o de granjear amizades. Que cada um de nós possa multiplicar amigos em todos os campos de lazer, eis o início da fraternidade universal, onde a cor não impede nem a raça enfraquece, onde os bens não esfriam os laços de entendimento, onde a sabedoria não cria divisas entre as criaturas, onde as posições não empanam os contatos das pessoas.
Somos todos da mesma procedência e, certamente, estamos fazendo parte de um rebanho por laços que a vida ligou, em nosso próprio benefício.
Não pode existir felicidade entre os homens, sem carinho, sem troca de amor de uns para com os outros, quando temos a certeza de que o semelhante é a nossa continuação. Quando a caridade começa a ser o dever diário e um prazer de cada instante. Quando o perdão for força das intenções para harmonizar os seres, quando o amor for apreciado como indispensável para o alimento do espírito.
Não há hora de praticar a fraternidade. Toda hora é hora de ser feliz. (Do livro Viva a Luz)
A terra ainda não a conhece em toda a sua profundidade. No entanto, o tempo, impulsionado pelas bênçãos de Deus, deverá glorificar essa intimidade entre os homens em futuro próximo.
Nós trazemos as sementes da fraternidade pura, mas nem sempre elas nascerão no tempo apropriado. A argila dos corações se encontra sem condições de fazê-la prosperar. E a água que enriquece o solo dos sentimentos somente poderá vir dos próprios indivíduos. Essa é a lei.
O preço do afeto é exorbitante, mas não se trata de moedas sonantes que circulam nas mãos humanas. É ouro do coração. O nosso empenho maior é o de granjear amizades. Que cada um de nós possa multiplicar amigos em todos os campos de lazer, eis o início da fraternidade universal, onde a cor não impede nem a raça enfraquece, onde os bens não esfriam os laços de entendimento, onde a sabedoria não cria divisas entre as criaturas, onde as posições não empanam os contatos das pessoas.
Somos todos da mesma procedência e, certamente, estamos fazendo parte de um rebanho por laços que a vida ligou, em nosso próprio benefício.
Não pode existir felicidade entre os homens, sem carinho, sem troca de amor de uns para com os outros, quando temos a certeza de que o semelhante é a nossa continuação. Quando a caridade começa a ser o dever diário e um prazer de cada instante. Quando o perdão for força das intenções para harmonizar os seres, quando o amor for apreciado como indispensável para o alimento do espírito.
Não há hora de praticar a fraternidade. Toda hora é hora de ser feliz. (Do livro Viva a Luz)
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